quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Corpo mole

Toda vez que fico doente, o vazio dos meus dias intensifica-se. A solidão torna-se maior do que já é. Não há ninguém pra medir a febre, buscar um remédio na cozinha, segurar minha mão nem fazer um cafuné na minha cabeça quente.

Ninguém preocupado velando meu sono. Ninguém do lado, na frente ou logo atrás.

Não há mãos que puxam a coberta para cobrir meu corpo cansado. Nenhum cuidado, sem calor humano. Nada além da imensidão deste apartamento vazio...

...e do meu estresse,
do meu nervosismo,
da minha ansiedade,
da minha insônia.

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